A neuromodulação é um recurso utilizado no manejo da dor, e envolve a alteração da ação central, periférica e autonômica do sistema nervoso, usando estimulação elétrica ou magnética. Além de melhoria da qualidade de vida dos pacientes que sofrem de dor crônica, a neuromodulação também encontra aplicação no tratamento da espasticidade, distúrbios do movimento, epilepsia, doença vascular periférica e de certos distúrbios psiquiátricos. A estimulação magnética transcraniana (rTMS) e a estimulação elétrica direta transcraniana (tDCS) são duas técnicas não-invasivas de estimulação cerebral que podem modular atividades em regiões específicas do córtex cerebral. A rTMS envolve o uso de mudanças no campo magnético (0-2 Tesla em 50 µs) aplicado no escalpo para induzir corrente eletromagneticamente em um volume focal do córtex cerebral (1-4cm3); a tDCS envolve a aplicação de corrente direta constante de baixa intensidade (1 – 2 mA) no escalpo através de eletrodos (20-35 cm2) para modular a excitabilidade de áreas corticais. Os dois métodos são considerados formas de neuromodulação e são empregados no tratamento da dor.